O grito é uma forma de transportar uma necessidade de dentro para fora. Mas quando devemos utilizar o grito? Ele é benéfico para quem o utiliza, ele pode também prejudicar a outros. Evidentemente que numa análise a priori poderíamos dizer que sim. Quando parte debaixo para cima, geralmente trata-se de um pedido de socorro, de ajuda. Neste caso faz necessário que a pessoa, o aflito deverá levantar a sua voz de maneira que o outro escute e vá socorrê-lo.
Mas temos visto o Grito dos Excluídos, o Grito dos evangélicos, o Grito dos Sem Terra , enfim, tantos "gritos", são grupos que manifestam ou procuram colocar suas necessidades para o todo. Dessa forma levantam-se aqui ou ali para buscar seus interesses. Mostram a sociedade que eles existem e não podem ser recusados às suas necessidades.
Gritar faz bem numa relação entre os indivíduos? Antes de chegar às conclusões apressadas se faz necessários estudar as relações que interagem entre os seres humanos. Entre o pai e o filho, entre a mãe e a filha. Geralmente os genitores estão numa hierarquia maior. Por ser os responsáveis há uma tendência de imperar o grito. Este grito faz bem, volto a questionar?
A altura, o tom de voz pode tanto prejudicar o que utiliza como aquele que ouve os gritos. Os ouvidos eles são feitos para ouvir uma quantidade de decibéis, o que ultrapassa pode gerar mais tarde problemas de audição. Quando o genitor grita alteradamente, isto vem carregado de emoções, como: a ira, a raiva, e isso pesam e são mais pesados do que uma pedra. O que pode levar transtornos emocionais aquele a quem recebe os gritos desnecessários. Isto tem sido causa desestruturação na saúde da pessoa humana, levando a diminuir o sistema imunológico do indivíduo. Falo do grito que parte do maior para o menor.
Ainda numa relação de proximidade, quando o chefe grita com os seus subordinados. Como diz a expressão: "Está por cima da carne seca". O chefe é temporário, transitório, todavia, estabelece uma hierarquia de "poderio", de "dominação" por ocupar o cargo. Que muitos esquecem que ora ele está por cima, e passado o tempo, ele ficará por baixo. O grito do chefe é desnecessário por prejudicar a saúde de seus subordinados causando transtornos emocionais e auditivos. Ele está "chefe", não significa que pode ultrapassar os limites previstos no Código de Ética, que prevê o tratamento a todos com "Urbanidade', ou seja Educação.
Gritar para ele pode significar que ele tem poder de determinar a forma autoritária de administrar sua seção. E muitas vezes, ele não sabe prejuízo que está causando aos subordinados. De outro lado pode ser que ao impor sua maneira de "dominância", ou medo de perder o cargo para o outro. Porquanto ele está no cargo, poderá nesta oportunidade fazer o que "bem quiser". Impondo de forma arbitrária sem respeitar as leis e funções de cada um de seus subalternos.
Por outro lado o grito espontâneo de um enfermo pode ser necessário. Quando um paralítico estava no caminho, diz o texto sacro que ele gritou: "Filho de Davi, tenha misericórdia de mim". Neste caso o grito veio da alma de um moribundo que precisava com toda a sua força e voz expelir de maneira que o Mestre pudesse ouvi-lo e prontamente concedesse a saúde. E assim foi feito, Jesus ouviu o seu grito, deu-lhe saúde.
Portanto, dileto, saiba utilizar o grito. Quando for por uma causa justa, faça sem medo. Exponha de maneira que você seja ouvido e atendido. Porém, quando for numa relação de proximidade não pratiques a gritaria porque pode causar afastamento, grau de dominação, prática de injustiça, doenças a terceiros. Esse dias vi uma reportagem na TV dizendo que os chineses chegaram a seguinte conclusão: "Que os peões não deveria gritar com os bois" para não descarregar emoções ao animal. É óbvio que os orientais estão pensando na saúde do animal e na saúde deles. Enfim, concluo, eu, você, nós, precisamos melhorar nossas relações em casa, no trabalho, na Igreja e todos os lugares como um Ser Humano iguais perante o Senhor.
Um grande abraço.
No Senhor Jesus.
Élcio Cunha
JESUS TE AMA!
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